Principais empresas de Tecnologia de Juiz de Fora

Este post é um registro do que existe hoje, é uma relação com as principais empresas da cidade (do meu ponto de vista). As informações estão atualizadas para março de 2023. 

Empresas de T.I e Software

Thomson Reuters

Antiga Prolink (nome anterior a aquisição pela Thomson Reuters), a empresa trabalha no desenvolvimento de softwares para a área jurídica. A equipe técnica em Juiz de Fora é de aproximadamente 150 profissionais.

E-Auditoria

Oferece uma gama de softwares para Inteligência Fiscal, tendo hoje sua equipe com mais de 100 colaboradores.

Guiando Telecom

Empresa nascida em Juiz de Fora, criada por Rodrigo Schittini, oferece consultoria e software de gestão para redução de custos com telefonia. A empresa hoje tem cerca de 90 profissionais na área técnica, divididos entre Juiz de Fora e São Paulo.

NVOIP

Fundada pelo Leandro Campos, como uma plataforma de comunicação. Recebeu investimentos e se destaca hoje na cidade e em todo o pais.

Processa Sistemas

A empresa nasceu praticamente junto com o supermercado Bahamas e seu foco único é software para este segmento.

ProDoctor

Desenvolvedora de softwares para gestão de clinicas médicas e consultórios, é um dos principais players no mercado neste segmento. Fundada por Jomar Fernandes, é mais um bom exemplo de empresa local que alcançou o sucesso em âmbito nacional. A equipe técnica é de cerca de 10 profissionais.

Nova Tendencia

Empresa de consultoria focada no mercado de seguradoras, com uma unidade de desenvolvimento de software em Juiz de Fora. A equipe tem cerca de 25 profissionais.

CAEd

É uma instituição ligada a UFJF voltada para mensuração do rendimento escolar em escolas públicas, e pra isso, tem uma equipe de desenvolvimento interna e também de infra, totalizando cerca de 25 profissionais.

SmartNx

Focada no desenvolvimento de soluções para relacionamento com clientes, com call center, voicebot, chatbot, help desk e demais tecnologias. A equipe atual conta com mais de 100 colaboradores.

App Masters

É a minha empresa (deixei aqui pro final), foi fundada em 2017 e se destaca na cidade pela forte cultura, sendo um bom lugar para se trabalhar e crescer pessoalmente e profissionalmente. Atualmente trabalhamos com clientes do Brasil e do exterior com projetos de sistemas web, SaaS e aplicativos mobile.

Outras empresas

Existem outras tantas empresas menores, com os mais variados focos. Uma boa referência das empresas (e tecnologias que usam) pode ser visto nesta lista do Programadores em Juiz de Fora.

Remuneração

Comparando a remuneração dos profissionais de T.I de Juiz de Fora, com os que trabalham no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, vemos uma distância significativa no valor recebido. Rapidamente alguém diria “mas o custo de vida é bem menor”. Mas mesmo assim é desproporcional.

Pela minha análise, comparando estas quatro cidades e tomando Belo Horizonte como referência, teríamos:

  • 180% – São Paulo
  • 150% – Rio de Janeiro
  • 100% – Belo Horizonte
  • 75% – Juiz de Fora

Não sei se é uma tendência atualmente, mas em Juiz de Fora algumas empresas oferecem PJ ao invés de CLT, permitindo ao profissional mais dinheiro “limpo” no final do mês. Algumas destas, porém, oferecem possibilidades agressivas de horas extras (incluindo finais de semana) dando assim ao profissional chance de receber um valor totalmente acima da média da cidade. Será isso uma boa?

Possibilidade de Crescimento

Vou sempre em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte… e percebo uma grande diferença destes profissionais com os daqui.

Tentando resumir, o estudante em Juiz de Fora tem um objetivo; se graduar. Ao terminar a graduação vai em busca do primeiro emprego, como é em qualquer outra cidade. Assim que consegue um trabalho, o profissional aqui relaxa.

Em São Paulo as pessoas são “orientadas para o trabalho”, sabem que precisam sempre aprender mais, estudar, crescer… em Juiz de Fora isso acontece em outro ritmo, bem mais lento. O feedback que recebi de amigos é que esse baixo interesse em progredir está ligado ao mercado, que teoricamente não reconhece financeiramente este profissional que se dedica mais. Eu, acho que é cultura do desenvolvedor mesmo.

Se certificar Oracle em São Paulo é garantia de um emprego ainda melhor. Em Juiz de Fora acredito que não. Certificado Java eu devo conhecer uns dois ou três.

Dai, como eu disse no post “Profissionais de Tecnologia Formados em Juiz de Fora“, a forma mais comum de crescer atualmente é indo para outras cidades ou trabalhando remoto para fora.


Dossiê do Mercado de Tecnologia de Juiz de Fora

Este conteúdo faz parte de uma coleção de posts relacionados e que representam meu ponto de vista sobre o mercado de tecnologia e sua evolução na cidade de Juiz de Fora.




Tiago Gouvêa

Full-stack Developer, fazendo códigos desde o século passado. Criador da metodologia "Aprender programação em 20 horas" e diretor da startup App Masters, voltada para o desenvolvimento de aplicativos. Apaixonado por tecnologia e viciado em café.

Respostas (6)

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  1. Pedro

    Olá, Thiago.
    Entrei no mercado de ti de juiz de fora há pouco tempo como programador junior, sou recem formado.

    Nesse pouco tempo trabalhando ja vi pessoas que se acomodam no trabalho, como você diz no post. Infelizmente, essas pessoas são a maioria e é dificil aprender o máximo para crescer como profissional cercado de gente assim.

    Pela sua experiência, voce sabe me dizer qual dessas empresas tem um ambiente com menos pessoas acomodadas e que irão agregar mais no crescimento profissional e nao apenas pagar salario?

    1. Tiago Gouvêa

      Olá Pedro! Difícil te dizer assim com certeza quais empresas tem menos gente acomodada.. talvez em startups você terá sempre um movimento maior da galera aprender do que em outras empresas. Mas acho que você pode “aprender o máximo” independente das outras pessoas. Veja o que é importante mesmo pra você aprender e se dedique nisso, seja em casa, seja no trabalho… se conecte nas pessoas que realmente sabem.
      Fique ligado no GDGJF, entre pro Slack DevJf e acompanhe os assuntos, talvez até lá você encontre outra empresa melhor para trabalhar. 🙂
      Qualquer coisa fala ai! Abraços

  2. Ewerton Braga

    Ficou bacana, como não trabalho com desenvolvimento então não conheço muito bem esta área, mas não estaria faltando a Projetus? (ou eles são menores do que eu conheço?)
    Abraços Tiago!

    1. Tiago Gouvêa

      Não listei 100% das empresas… tentei pegar as mais relevantes. Mas a Projetus é relevante sim. Vou buscar dados dela aqui pra incluir. Valeu Ewerton!

  3. Brian

    Tiago, eu discordo somente de uma coisa. Não acho que as pessoas daqui de Juiz de Fora relaxam. A meu ver, os profissionais de São Paulo costumam estudar mais, porque as empresas pagam treinamentos para eles, de modo que os ajude a conseguir certificações e que consequentemente isso reflita em melhoria de qualidade dos seus produtos. A satisfação deles para com a empresa em que trabalham também acaba contribuindo com uma baixa rotatividade, diferentemente daqui. Em Juiz de Fora, se um profissional não tem uma habilidade específica, a empresa para qual trabalha geralmente paga um freelancer para cobrir esta deficiência. E isso, infelizmente, faz com que os profissionais locais não tenham oportunidade de evoluir profissionalmente, já que estudar uma tecnologia sem colocá-la em prática demanda muito esforço.
    Acho que há ótimos profissionais em Juiz de Fora, que se empenham, mas que precisam somente de oportunidade.

    1. Tadeu Zagallo

      Com todo respeito, mas esse é o clássico argumento de quem se acomodou. Acho super bacana empresas que incentivam os funcionários a estudar, assim como acho bacana quando pagam vale alimentação, mas se eu arrumar um emprego que não me paga o vale, eu não vou deixar de comer. Também não sei a rotatividade em Juiz de Fora é mais alta que em São Paulo, ficaria bem curioso pra ver alguns dados sobre isso, mas pelas pessoas que eu tenho contato, não é essa a minha percepção. Pelo contrário: tem mais opções, logo maior competição no mercado de trabalho, o que acaba fazendo com que as pessoas mudem mais de trabalho pois tem mais oferta. (Essa é a minha percepção, não tenho como provar que isso é verdade para a maioria das pessoas interessadas e que moram em São Paulo.)

      Enfim, eu acredito que quem é apaixonado pelo que faz ta sempre aprendendo. E não to falando de estudar 24h horas por dia, por que sei que nem todo mundo tem essa oportunidade, mas vc vai aprendendo no trabalho, pesquisando, estuda no caminho pro trabalho, é proativo quando aparece a chance de trabalhar com uma tecnologia nova interessante, enfim, corre atrás e aprende.

      Mas é claro, essa é a minha opinião, baseada na minha experiência e nas pessoas que eu conheci no meu caminho que considero bons profissionais.